Ainda não tinha falado na entrada nos 40...é que isto custa um bocado...
É oficial, tenho 40 anos. E desde novembro, o que torna a coisa bem real. Chegar aos 40 é como que chegar a um ponto em que somos obrigados a parar e a reflectir sobre a vida, sobre o que passou e o que queremos para a outra metade que nos resta. Porque sejamos sinceros, todos queremos chegar aos 100, mas viver até aos 80 já é bastante aceitável.
Não sei como o tempo passou tão rápido. Ainda há uns tempos me considerava uma miúda e agora já atingi aquela idade que não consta nas ofertas de emprego nem dos " descontos para jovens". Os "entas" não são "pão nem bolo", não somos novos nem velhos, sentimo-nos cheios de energia mas sem paciência para aturar certas manias da "juventude de hoje".
A verdade é que o envelhecimento não é coisa que me assuste em demasia. Rugas e cabelos brancos são pormenores que a cosmética nos permite ir atenuando, o que me assusta mesmo é que a maioria dos sonhos da bucket list ainda está por concretizar. Não posso dizer que a primeira metade foi mal aproveitada. A minha filha nasceu e nada me dá mais prazer do que vê-la crescer, e só por isso diria que fiz coisas bem feitas nos primeiros 40 anos de vida :) Nesta segunda parte quero com toda a certeza viver mais aventuras com a minha família, conhecer mais cantos do mundo, e afastar-me de situações que não me tragam qualquer tipo de realização. Quero focar-me no optimismo, saborear cada momento com a consciência de que tudo passa demasiado rápido e é necessário parar de vez em quando.
Acho que quero adoptar um estilo de vida mais apurado, percebem? Slow living, é esse o termo. Que os 40 me tratem bem, é que eu até mereço...:)